A seriedade do pecado e a necessidade de redenção.
A Bíblia tem como tema como Deus trata da calamidade causada pelo pecado e o que Deus precisou fazer para nos salvar em Cristo. O livro de Joel tem como pano de fundo a seriedade do pecado e a necessidade de redenção. Pense em como preparamos nossas casas para uma festa importante. Da mesma forma, Deus, em Sua soberania, prepara a história para o grande evento da redenção. Já estamos nos aproximando do Natal, e é sempre importante lembrar por que ele é necessário!
Hoje e nas próximas cinco semanas, até a véspera da nossa celebração de Natal, vamos caminhar pelo livro de Joel. Vamos explorar como essa preparação é vista em Joel e como ela ressoa em nossa vida hoje.
Joel (1:1). Joel é um nome muito comum na Bíblia e é improvável sabermos exatamente quem ele foi ou quando o livro foi escrito. Alguns datam a profecia no século IX, na época do Rei Josafá, outros pensam que o livro tem características do pós-exílio, entre os séculos VII e V. A mensagem, contudo, é eterna. Israel precisava ouvir isso em qualquer desses momentos. Ele é atual e nós precisamos dela também.
O livro de Joel é o segundo livro dentre os profetas menores. Os profetas menores são como alertas em um aplicativo de navegação; eles sinalizam perigos e guiam o caminho, mesmo que a voz seja breve. A temática envolve pecado, punição e restauração.
Assim como Israel precisava ser lembrado de sua dependência de Deus em momentos de calamidade, nossa sociedade precisa refletir sobre o que significa depender de Deus quando enfrentamos crises contemporâneas, como desafios econômicos ou mudanças drásticas na vida familiar.
Os seis primeiros focam no pecado e no julgamento, com pequenos lampejos de esperança. Zacarias e Malaquias, os últimos dos doze, apontam com mais ênfase para restauração.
O primeiro dos doze profetas é Oséias que resume bem a história de Israel, que se envolveu num processo de adultério espiritual e quebrou diversas vezes a aliança com Deus. Isso gerou efeitos catastróficos.
Então vem Joel que tem como tema central o Dia do SENHOR, tema que é retomado nos outros profetas. A compreensão que Joel tem do Dia do Senhor nos ajuda a pensar corretamente sobre o tema.
Os cap. 1 e 2 focam na chegada do Dia do SENHOR sobre Jerusalém. O cap. 3 se concentrada na chegada do Dia do SENHOR contra as outras nações. Nosso alvo hoje é conhecer o cap.1.
1 A palavra do SENHOR que veio a Joel, filho de Petuel:
A estrutura do livro é projetada para ser um culto de lamentação.
O capítulo 1 expõe o problema – a praga de gafanhotos (que era bastante comum), e convoca o povo a clamar ao Senhor. O capítulo encerra com gemidos direcionados a Deus.
O capítulo 2 interpreta e explica essa praga de gafanhotos (que é vista como um exército invasor) e menciona a libertação, como Deus resgatará seu povo, concluindo com a gloriosa promessa do derramamento do Espírito Santo. O cap. 2 é uma declaração da palavra de Deus ao povo.
O capítulo 3, por sua vez, trata do julgamento de Deus sobre Israel e anuncia o julgamento das nações e a restauração de Jerusalém. Esse roteiro explica porque é tão difícil datar este livro. Ele tem uma mensagem que pode ser aplicada a diversos momentos da história de Israel, como uma liturgia de lamento para ser executada num templo.
A linguagem de Joel retoma a oração da dedicação do templo onde Salomão pede que Deus se lembre do seu povo quando ele orasse em arrependimento diante da seca e de pragas de gafanhotos. O texto de Joel remete à necessidade de arrependimento, mas não há confissão de um pecado específico. Isso reforça a ideia que a profecia é uma poesia que faz parte de um roteiro de um culto.
Joel não ataca a idolatria ou opressão, mas a falta de vitalidade e de fervor espiritual. As pessoas estavam acostumadas com Deus e os cultos eram apáticos. Adorar a Deus era apenas uma tarefa religiosa, não um prazer espiritual. Isto é um bom lembrete para todos aqui.
Joel então nos lembra que o culto deve sempre vir do coração. Quando isso não acontece, Deus pode tirar de nós os meios aos quais nos apegamos para adorar.
A primeira parte do cap. 1 é um chamado: (v2-3)
2“Prestem atenção, velhos, e escutem, todos os moradores da terra! Aconteceu algo assim no tempo de vocês ou nos dias de seus pais? 3Contem isto aos filhos de vocês; que eles o contem aos filhos deles, e que estes falem sobre isso à geração seguinte.”
Quantas vezes ouvimos de nossos avós que ‘antigamente as coisas eram diferentes’? Joel usa essa mesma ideia, mas para destacar um alerta espiritual: as crises podem piorar, e precisamos estar atentos.
Nós vivemos dias difíceis. Talvez pela velocidade das informações e pela multiplicação de vídeos temos visto muitos desastres devastadores se repetindo. Parece que no tempo dos nossos pais e avós isso não acontecia. Isso no meu tempo não acontecia. Você já viu alguém falando assim?
Joel afirma que isso pode ser verdade. Assim como é verdade que não há nada novo embaixo do sol, que coisas ruins sempre acontecem, há um sentido em que os desastres podem ser progressivos e mais graves. Joel está afirmando que a piora no grau das catástrofes aponta para o futuro Dia do SENHOR – o dia do julgamento. Ou seja, a cada catástrofe ou desastre, estamos um passo mais perto…
O versículo 4 apresenta este desastre, uma praga de gafanhotos. Talvez você lembre dos gafanhotos como uma praga lançada sobre o Egito no processo da libertação de Israel da escravidão.
Mas ainda no deserto, no livro de Deuteronômio, Moisés alertou que se o povo de Israel fosse rebelde as pragas do Egito se abateriam sobre o povo de Deus.
Aquelas nuvens sucessivas de gafanhotos sobre Jerusalém apontavam que o julgamento de Deus estava se derramando, que o Dia do SENHOR estava às portas.
No v. 3: digam aos seus filhos... lembrem de geração em geração que o Senhor vai julgar a Terra. Há em nós uma certeza de que o Senhor vai cumprir com suas promessas? Que Ele não demora, que Ele é Santo?
2. O Problema: uma Praga Quádrupla de Gafanhotos… (v4)
4“O que o gafanhoto cortador deixou, o gafanhoto migrador comeu; o que o migrador deixou, gafanhoto devorador comeu; o que o devorador deixou, o gafanhoto destruidor comeu.”
Esses adjetivos cortador, migrador, devorador e destruidor não são tipos diferentes de gafanhotos, mas provavelmente estágios. A progressão é para enfatizar o efeito destruidor dessa nuvem de gafanhotos. Eles devoram tudo em seu caminho.
Um enxame de gafanhoto pode ter 40 milhões de animais em um Km2. Um enxame pode cobrir uma área equivalente a 350k campos de futebol. Uma fêmea pode depositar de 250-300 ovos cada.
Imagine essa massa de animais se alimentando e reproduzindo. Em três dias, no primeiro estágio, eles já estão pronto para marchar. Eles nascem em campos que já foram comidos e estão famintos.
Ainda hoje enfrentamos pragas de gafanhotos, mas temos algumas medidas para mitigar os efeitos. Há vigilância por satélite e assim que os enxames começam a se formar, aviões pulverizadores lançam pesticidas para evitar o avanço.
No ano de 1988, parte da fome na África foi causada por falha em impedir a formação de um enxame por causa da guerra civil no Chade. Ou seja, mesmo com toda a tecnologia que dispomos, se não houver uma pronta resposta, milhões de pessoas podem sofrer por causa de um enxame de gafanhotos.
Assim como os gafanhotos destruíam tudo em seu caminho, hoje enfrentamos ‘pragas’ que ameaçam nossa paz — crises financeiras, o estresse do trabalho, e as preocupações com os filhos. Como lidamos quando tudo o que construímos parece ameaçado?
Os versículos 5 a 13 são um chamado a chorar e a lamentar: os grãos, as uvas e as azeitonas acabaram. Não haverá pão, vinho ou óleo. Os gafanhotos devoraram tudo!
A calamidade de Joel nos faz questionar: como lidamos com os momentos em que nossas próprias ‘colheitas’ — nossos planos e sonhos — são destruídos? E assim como no tempo de Joel, somos chamados a voltar nossos olhos a Deus quando tudo parece incerto.
3. A Resposta Imediata à Vinda do Dia do SENHOR (1:5-13)
a. Chore e Lamente porque a Videira e a Figueira Estão Destruídas (v5-7)
5“Acordem, beberrões, e chorem! Lamentem, todos vocês que gostam de vinho, por causa do vinho novo, pois foi tirado da boca de vocês.
Pode parecer estranho que Joel comece com os bêbados. Afinal, bêbados geralmente são pessoas que não são exemplos dentro de uma comunidade. Mais é certo que eles são uns dos mais afetados pela falta do vinho.
Os v. 5-13 destacam pessoas que vão sofrer mais. O bêbado, os sacerdotes e os lavradores. Todos são devotados a algo, ao vinho, aos sacrifícios ou à terra que os sustenta.
Quando algo que amamos muito e ocupa o lugar de Deus em nossas vidas se vai, sentimentos muito terríveis tomam conta de nós. Uma modelo que ama sua aparência e se vê desfigurada em um acidente tende a pensar que perdeu seu valor. Um bêbado de quem a bebida é suprimida tem crises fortíssimas de abstenção.
Imagine perder algo essencial para sua rotina, como energia elétrica em casa por dias. A sensação de impotência é um reflexo do lamento que Joel propõe: perder as bases da segurança que achamos que controlamos.
Joel nos lembra que, quando os recursos falham e perdemos aquilo em que confiamos, Deus ainda é a nossa fonte. Como isso muda nossa perspectiva ao enfrentarmos crises pessoais?
O ataque de gafanhotos chegou com uma forma de julgamento de Deus sobre um povo que buscava satisfação em outras coisas além de Deus. O ataque desses animais é comparado com uma invasão de um exército estrangeiro no v. 6-7.
6Porque veio um povo contra a minha terra, poderoso e inumerável, com dentes como de leão e presas como de leoa. 7Destruiu as minhas videiras e destroçou as minhas figueiras. Tirou as cascas das árvores e as jogou fora; os galhos ficaram brancos.”
Essa figura de gafanhotos como um exército invasor no texto traz mais aplicações para o povo de Israel. Podemos refletir sobre esse texto não apenas como uma praga de gafanhotos, mas também como uma invasão opressora que devasta a terra.
A descrição desses animais como leões traz em si uma lembrança de força indomável. O estrago feito por 40MM de gafanhotos num campo de 1km2 é muito mais visível do que a de um leão no mesmo espaço.
Mas observe a linguagem usada aqui: Joel vai repetir as palavras e entrelaçar os temas: videira e figueira são devastadas. Você lembra quando Jesus foi procurar figos e não encontrou? Ele amaldiçoou a figueira que murchou pela sua palavra.
Há conexões fantásticas na Bíblia. Jesus ordena que uma figueira seque em Jerusalém apontando para a proximidade do Dia do SENHOR que recai sobre aqueles que não produzem frutos.
É impressionante perceber que a ira de Deus, que virá no Dia do Senhor, já se abateu sobre Jesus na cruz. Ele suportou a ira que pesava contra nós.
b. Lamente por causa da Devastação da Adoração (v8-10)
8“Lamentem, assim como a virgem, vestida de roupa feita de pano de saco, lamenta a morte do seu noivo.
Quem deve lamentar? O v 8 diz que quem quer que seja, deve lamentar como uma virgem que perdeu o noivo. nos diz que quem quer que seja, deve lamentar como uma virgem! O lamento sofrido agora é em função da perda dos meios de adoração.
9Na Casa do Senhor, foram cortadas as ofertas de cereais e as libações. Os sacerdotes, ministros do Senhor, estão enlutados. 10Os campos foram arrasados, e a terra está de luto, porque o cereal foi destruído, o vinho novo acabou, o azeite está no fim.”
Assim como uma mulher noiva lamenta a morte do seu noivo, e como um bêbado sofre por não ter acesso ao vinho, os sacerdotes deveriam chorar porque não há mais meios para se fazer ofertas de libação e de cereais. Os sacerdotes eram sustentados por essas ofertas. A falta delas empobrecia o culto e a vida dos sacerdotes. Sem essas ofertas, os sacerdotes também passariam fome.
Hoje, quando nossos compromissos e distrações nos afastam do culto verdadeiro, precisamos considerar: O que precisamos perder e lamentar em nossa vida para restaurar nossa adoração genuína?
O v. 10 diz que os campos e a terra também choram e estavam de luto. A natureza geme diante do pecado. A Bíblia afirma que a criação geme aguardando a manifestação dos filhos de Deus.
A falta dos cereais, do vinho, do azeite rouba a alegria porque a ausência deles empobrecia a adoração no templo. A criação sofre quando a verdadeira adoração a Deus é esquecida ou impedida.
Todo ser que respire louve ao Senhor. Quando a adoração ao Senhor deixa de acontecer há dores não só nas almas dos homens, mas também por toda a criação.
a’. Envergonhem-se porque a videira e a figueira secaram (v11-12)
11“Fiquem envergonhados, lavradores; lamentem, vinhateiros, por causa do trigo e da cevada, porque a colheita foi destruída. 12As videiras secaram, as figueiras murcharam, as romãzeiras, as palmeiras e as macieiras também. Todas as árvores do campo secaram, e já não há alegria entre os filhos dos homens.”
Aqui os agricultores e vinhateiros deveriam lamentar e ficar envergonhados porque a colheita foi perdida. Os vinhateiros e os agricultores geralmente eram arrendatários das terras e dependiam das boas colheitas para viver. Sem colheita, não há como pagar o aluguel da terra. Eles seriam envergonhados diante de seus credores.
Quando não há colheita, quando as árvores secam e não há frutos, a alegria dos homens também seca. Sem frutos não há alegria. Você já sentiu fome? Não estou falando de jejum intermitente de janela de 20 horas. Você já passou dias querendo comer e sem ter o que comer? Você já dormiu sem saber se teria algo para comer nos dias seguintes? Você percebe a conexão dos temas? Cereais, vinho e azeite eram essenciais para a economia e para o culto deles.
Nós transformamos cereais, vinho e azeite viraram saldos bancários, cartões de crédito, dinheiro. Com eles temos a segurança de que temos comida. Mas nosso dinheiro, de certa forma, permite que compremos pão e vinho para a Ceia do Senhor. Há uma conexão entre como adoramos e como vivemos. Estas coisas se entrelaçam nos fundamentos da nossa vida.
b'. Lamentem e lamentem porque a adoração é retida (v13)
13“Sacerdotes, vistam roupa feita de pano de saco e pranteiem. Ministros do altar, lamentem. Ministros do meu Deus, venham e passem a noite vestidos de panos de saco. Porque no templo de seu Deus não há mais ofertas de cereais e libações.
O v. 13 retoma o lamento dos sacerdotes, porque não há ofertas de cereais ou ofertas de bebida. Eles deveriam lamentar, como a virgem do v.8, com panos de saco. Normalmente eles vestiam roupas de linho com as quais ofereciam sacrifícios a Deus. Contudo, agora, era tempo de substituir a liturgia dos sacrifícios pela do lamento. Isso nos leva a refletir sobre como podemos, mesmo em tempos difíceis, manter nossa adoração sincera e viva diante de Deus. Como devemos responder à vinda do Dia do SENHOR? (1:14-20)
Consagre um jejum – reúna o povo no templo – pois o Dia do SENHOR está próximo (v14-16)
14Proclamem um santo jejum, convoquem uma reunião solene. Reúnam os anciãos e todos os moradores desta terra na Casa do Senhor, seu Deus, e clamem ao Senhor.”
No versículo 14, os sacerdotes são orientados sobre o que fazer: convoquem um culto solene e jejuem. Assim como no tempo de Joel, precisamos nos reunir em comunhão e buscar a Deus intencionalmente, reconhecendo que nossas forças são limitadas.
Considere como sua família pode separar um tempo de oração e jejum para buscar renovação espiritual, reconhecendo a soberania de Deus em meio às dificuldades. Essa busca comunitária por Deus nos ajuda a perceber que Ele é nosso refúgio, mesmo quando tudo ao nosso redor parece desmoronar.
Os versículos 15-20, então, mostram o conteúdo do lamento:
15“Ah! Que dia! Porque o Dia do Senhor está perto e ele vem como destruição da parte do Todo-Poderoso.”
Joel vê a praga de gafanhotos como um prenúncio do dia vindouro do julgamento – O Dia do SENHOR. O livro de Joel quer nos ensinar a pensar com cautela sobre esse Dia do Senhor. A praga de gafanhotos é uma imagem daquele Dia. O v.15 se parece muito com Isaías 13:6
6Lamentem, pois o Dia do Senhor está perto; ele vem como destruição da parte do Todo-Poderoso.
Joel nos ajuda a ver o mundo como uma sequência de propósitos. Mesmo um desastre natural como uma praga de gafanhotos aponta para um mundo que tem propósito e destino. O Senhor reservou um Dia para abater todo aquele que se exalta. E está deixando pistas de que isso irá acontecer.
16Por acaso, o alimento não foi destruído diante dos nossos olhos? E, do templo do nosso Deus, não desapareceram a alegria e o regozijo?
O v. 16 afirma que a alimento foi destruído e a alegria desapareceu da “casa de Deus”. Quando a comida é destruída diante de nossos olhos, a alegria e o regozijo desaparecem na casa de Deus.
Joel está enfatizando o comum, a alegria está no comum. Não precisamos de coisas extraordinárias para ter alegria. Joel mostra que os cereais, o vinho e o azeite são presentes de Deus que produzem alegria também na casa de Deus.
Em Cristo, nós temos uma fonte inesgotável de alegria. Ele é um sacrifício muito superior àquele que é dependente de cereais , vinho e azeite. Joel vai falar sobre o derramamento do Espírito Santo no capítulo 2. Vejam a promessa de Jesus sobre isso, em Lc. 11:13.
13Ora, se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai celeste dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!
Você está sem alegria para adorar? Você não tem o pão espiritual para se alimentar? Peça que Deus te faça sensível ao Espírito Santo que Ele prometeu e enviou.
a. Toda a Criação Geme sob Esta Devastação (v17-20)
17As sementes secaram debaixo dos seus torrões; os celeiros foram destruídos, os armazéns, derrubados, porque o cereal se perdeu. 18Como geme o gado! As manadas de bois estão inquietas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão sofrendo.
Os versículos 17-18 falam que as edificações humanas falham e que a criação natural, as manadas, sofrem. O V. 17 dá a entender que uma seca agora impede que sementes germinem. A ideia é que há dor e que as pessoas e toda a criação geme.
19A ti, ó Senhor, clamo, porque o fogo devorou as pastagens, e as chamas consumiram todas as árvores do campo. 20Também todos os animais selvagens suspiram por ti, porque os rios secaram, e o fogo devorou as pastagens.
“A ti, SENHOR, eu clamo” o clamor agora é por uma espécie de incêndio que devorou a vegetação. Pode ser uma seca que produziu queimadas como vimos este ano aqui em Bsb, ou ainda uma alusão ao poder devastador dos gafanhotos.
Se esse livro foi escrito para guiar uma liturgia de culto, essas figuras também poderiam ser usadas para ocasiões de guerra, seca, pragas. A ideia é que, mesmo em situações difíceis, temos o direito de clamar ao Senhor. Seja qual for a angústia, podemos invocar o Senhor com confiança porque ele nos ouve. Ele nos ouviu em Cristo.
Que possamos sair daqui conscientes de que, mesmo em tempos de crise, nossa verdadeira alegria está em Cristo. Que nossas casas e famílias sejam lugares onde a busca por Deus é constante.
Lembre-se de que Deus é nosso sustento e refúgio. Durante esta semana, reserve momentos para clamar ao Senhor em família, refletindo sobre como Ele tem sustentado você e a sua casa.
Sem Ele, nada podemos fazer. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Que o Espírito Santo nos capacite a viver com essa consciência e a refletir a glória de Deus em tudo o que fazemos.
Graça e Paz,
Pr. Davi Ribeiro